Garantir privacidade, segurança, interoperabilidade e eficiência é essencial em sistemas financeiros digitais que utilizam tecnologias distribuídas. No contexto de ativos tokenizados e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), esses desafios tornam-se ainda mais complexos, exigindo arquiteturas que conciliem exigências regulatórias com inovação tecnológica. Um exemplo dessa abordagem é o framework Ptah, projetado para operar com privacidade por design e composabilidade em Redes Reguladas de Ativos Tokenizados (RTMNs).
A adoção crescente de ativos tokenizados exige adequações à gestão de dados distribuídos. Redes reguladas, como as propostas no projeto Drex, necessitam de soluções que atendam simultaneamente à necessidade de integridade operativa e exigências de privacidade. Para isso, abordagens baseadas em compartimentalização criptográfica e controle de acesso minimalista representam caminhos viáveis.
Arquiteturas tradicionais, geralmente centralizadas ou com modelos de privacidade insuficientes, não atendem integralmente às demandas da descentralização. Além disso, esses sistemas enfrentam dificuldades práticas na integração com legados e em sua escalabilidade. Nesse cenário, o framework Ptah apresenta uma solução estruturada para lidar com transações digitais de maneira segura e interoperável.
O Ptah foi desenvolvido para implementar uma abordagem distribuída e modular em redes financeiras. Seu principal diferencial reside no uso de compartimentalização criptográfica, que garante que os componentes da rede manipulem exclusivamente os dados necessários a suas funções operacionais diretas. Isso reduz a possibilidade de acessos não autorizados, promovendo privacidade como elemento estrutural.
Os principais aspectos técnicos do framework incluem:
No contexto do Drex, a plataforma de CBDC do Banco Central do Brasil, o Ptah foi aplicado a casos de uso como a negociação de Títulos Públicos Tokenizados (TPTs) e CBDC. Essa aplicação destaca características do framework de forma prática e permite análises centradas nos ganhos operacionais.
Quando ocorrem transações com múltiplos ativos, como TPTs e CBDCs, essas transações envolvem diversos participantes e requerem validação convergente. No Drex, o framework Ptah viabilizou:
Os princípios empregados no Ptah potencializam a integração em cenários globais. Projetos como o mBridge, liderado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), poderiam se beneficiar da modularidade e interoperabilidade fornecidas por frameworks projetados com base em ledger distribuído. A utilização de padrões como o ISO20022, aliada a técnicas modernas como zk-rollups, sustenta cenários que exigem alta escalabilidade e conformidade legal.
Além disso, para futuros upgrades, o Ptah está apto a integrar criptografia resistente a ataques quânticos e mecanismos de identificação descentralizada. Essas implementações ampliam sua aplicabilidade em sistemas financeiros globais altamente distribuídos e regulamentados.
Cases Adicionais no Contexto do DREX que utilizaram o framework Ptah dentro dos seus testes de privacidade :
Em ambos o casos foi utilizado contra uma rede de CBDC, como emissão de moeda, para liquidação direta de forma transparente e atômica e posteriormente as provas de execução foram gravadas contra a mesma.
O desenvolvimento de soluções como o Ptah evidencia a viabilidade técnica de infraestruturas reguladas associadas a tecnologias distribuídas. Sua arquitetura modular, baseada em princípios como compartimentalização e atomicidade, atende requisitos de segurança e privacidade, promovendo interoperabilidade em ecossistemas heterogêneos.
Estudos futuros poderiam explorar novas implementações adaptadas a legislações regionais e contextos híbridos, aprofundando a incorporação de ferramentas como computação confidencial e oráculos descentralizados. Essas direções de pesquisa são fundamentais para sustentar avanços necessários à escalabilidade e segurança das redes financeiras do futuro.
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